26 de abril de 2011

Córdoba

Essa sim foi uma viagem de verdade, com direito à passagem, hostel e mala grande.

Córdoba é a segunda maior cidade da Argentina, ficando só atrás da capital.
Eu, Julie, Miguel, Pauline, Nerea, Alexis e Mariana (uma brasileira da Unesp-Araraquara que está fazendo intercâmbio em Concórdia) aproveitamos o feriado para viajar e conhecer uma região nova.
Mendoza é mais ou menos 600 km, e deu 11 horas de ida e 10 horas de volta. Não é tão longe, a demora é porque para em vários lugares. Tinha certeza que não iria dormir na viagem, mas até que foi bem tranquilo.
Saímos na quarta às 21:00 e chegamos na quinta de manhã. Deixamos as coisas no hostel, aliás, bem perto da rodoviária, 6 quadras, e decidimos conhecer a cidade. Fomos a uma feira internacional de artesanatos que estava acontecendo, porém chegando lá vimos que abria só as 15h. Aproveitamos para tirar umas fotos do estádio que sediará a Copa Améria e tomamos o bus de volta pra cidade. Passamos o resto do dia tirando fotos  das igrejas e praças. É tudo muito lindo, a cidade tem quase 500 anos e foi colonizada por jesuítas, o que dá todo um toque especial. Além da mistura antigo/moderno que é de cair o queixo.

Na sexta viajamos para Alta Gracia, uma cidade perto da capital, onde está a casa onde Che Guevara passou a infância, e hoje é um museu. Lindo! Uma das minhas partes favoritas dessa viagem!

A noite fomos num boliche, já que Córdoba é famosa por sua vida noturna. Maaas, a balada boa estava fechada... Tinha vários promoters que ficavam na rua distribuindo cartões com desconto. E eles te cercavam na rua! Super desespero. Uma hora nosso grupinho parou na calçada e veio uns 4 desses querendo dar a melhor oferta! heheh Acabamos indo em uma que ofereceu a entrada de todos free e mais uma garrafa de espumante. Mas tava bem ruinzinha... Não tinha quase ninguém. Enfim, a gente só queria dançar. Ahh detalhe 1: no caminho pro boliche estávamos tomando um vinho, e de repente chega uma polícia tira da mão da Nerea e joga tudo no bueiro! Depois ficamos sabendo que é proibido beber bebidas alcoólicas nas ruas de Córdoba ¬¬ Detalhe 2: o boliche parou as 5 da manhã!!! De acender luz e colocar o povo pra fora! Depois também ficamos sabendo que é lei as baladas fecharem nesse horário ¬¬².
O bom é que o bairro que ficamos - Nova Córdoba - é super bem localizado, é onde mora a maioria dos estudantes e onde tem os melhores bares e boliches. Então, fazíamos tudo a pé.
No sábado ficamos na cidade, conhecemos mais alguns lugares e voltamos para conhecer a tal Feira de Artesanatos. Era legal, bem grande, com coisas bonitas, mas nada demais. Barracas com os mais diversos artesanatos da Argentina, Uruguay, Bolivia, Chile e até Brasil. O chato foi que aí roubaram a carteira da Pauline. Ela estava com uma bolsa que cruza o tronco, sabe? Tipo, bem protegida até. Mas uma hora ela foi pegar o dinheiro para pagar uma compra e viu que a carteira não estava mais lá.... Aqui eles são assim, bem ariscos. Os próprios argentinos nos avisam disso.
Finalmente no domingo, fomos para outra cidade vizinha. Mas não tínhamos muito tempo porque o bus iria sair às 21h. Fomos para La Falda, porque era relativamente perto e tinha paisagens bonitas.
Fomos num hotel que foi de nazistas, mas para visitar tinha que pagar 20 pesos. No way! Aí, fomos fazer uma caminhada na serra, que todo mundo dizia que a vista era linda. E lá se foi os 6 patetas, sozinhos e sem guia. Afinal, todo mundo falava que era sussa! Havia uma trilha e uma estrada para carros. Decidimos (na verdade eu não, eu só concordei...) que íamos pela trilha e voltávamos pela estrada. E sobe, e sobe, e caminha e cruza riacho...
Até que chegamos no topo! Super legal, se não fosse o perigo de pisar em falso e cair no abismo eeee... que a estrada estava na outra cerra! Do outro lado! A gente fez o caminho errado! Sério, me bateu um puta desespero, porque estávamos sozinhos, a gente via os carros, mas eles não nos viam, não tinha comida, já era 2h e tínhamos que estar ás 4 no ponto de ônibus! Eu e a Mariana queríamos voltar pelo caminho que viemos, mas eu tinha medo de me perder e não chegar a tempo. O resto do pessoal queria continuar por um caminho cheio de mato e bosta - sim, era o caminho das Ihamas! Sério, pensei muito em chamar o 911, porque ninguém ia sentir nossa falta e pelo menos sinal no celular havia!
Enfim, o Miguel e as meninas caminharam mais pela trilha até que chegaram do outro lado! Era muito engraçado a gente se comunicando por gritos que faziam ecos! E quando eu vi a blusa do Miguel tremulando do outro lado da serra, nossa nem acreditei. Chegamos na estrada e pedimos carona, porque não tínhamos pernas para voltar. (Sério, ME imagina nessa situação! Meus netos vão ter muita história pra ouvir).
Conseguimos fácil até. Eu com a Mariana viemos num carro com um casal e a sogra, e eles: mas onde vocês queriam chegar?? E a gente: não sei! A gente só queria tirar fotos!
Hehehehe por fim, foi bem engraçado tudo.
Voltamos para o hostel e às 21 em ponto estávamos no bus.

Foi a primeira vez que viajei no feriado da Semana Santa e confesso que  isso me deixou um pouco pra baixo em alguns momentos, principalmente na sexta. Mas não fiz nada de mal e fiz minhas orações, é o que vale. =]

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