7 de abril de 2011

Super Vea

Esse é o nome de um supermercado bem popular aqui na Argentina. Na cidade de Mendoza também tem alguns Carrefour(s), mas geralmente os produtos mais baratos são no Vea. Também porque fazem promoções, do tipo: com um cartão de crédito X você tem X de desconto.

Bem, como todo bom estudante (ainda mais intercambista) gastar dinheiro é luxo. Sempre vamos com a Maria fazer compras, porque ela tem carro, então é bem melhor. No domingo ela nos chamou para ir, porque todo primeiro domingo do mês no Super Vea seu cartão de crédito tem 15% de desconto na compra.

O que quero compartir é umas coisas "diferentes", que não existem no Brasil (pelo menos eu nunca vivi).
Logo de cara, quando chegamos vimo que estava muuuito cheio, acho que todo mundo deve ter o mesmo cartão que o da Maria hehhehe E o que acontece geralmente quando há muita gente num mercado? Não há carrinhos... O negócio era tão critico, que quem chegava tinha que ficar no final do caixa, esperando uma pessoa terminar sua compra e pedir se podia passar o carrinho. Eu, claro, tive que fazer isso...
Foi muito chato! Cheguei num senhor e perguntei se podia pegar o carrinho depois, e ele disse que sim, mas havia mais um outro carrinho cheio que ainda tinha que passar as compras... Não dava para esperar, né! Aí cheguei em outra senhora, ela foi gentil e disse que tudo bem. Fui com ela até seu carro (ajudando a levar o carrinho, porque estava muito cheio) e ainda ajudei a colocar as sacolas pra dentro. Me senti um daqueles rapazes que ajudam nos mercados, mas ao contrário, eu só queria um carrinho para fazer compras! Sério, achei um absurdo isso.
Conseguido um carrinho, a missão era escolher/pegar os produtos e não desgrudar do carrinho, porque as pessoas pegavam sem piedade! Eu, Julie e Eliza (sim, um carrinho para a compra de nós 3, mais a de casa) nos revezávamos na hora de vigiar.
Segundo desafio: enfrentar a fila da carne. Quase não há carne pronta para pegar na geladeira, você tem que pedir no açougue. Pega uma senha e beleza, certo? Mais ou menos... As senhas correm só com os carinhas chamando, não tem uma mísera tela com os números. Então você tem que ficar ali perto sempre perguntando que número está. Na minha frente tinha tipo, umas 40 pessoas. Dei uma volta, achando que ia demorar, mas quando voltei já tinha corrido uns 20 números! Rapidez? Não, o tiozinho não tinha piedade e chamava um número atrás do outro, se não estava perto, já era. Eis que surge uma senhora toda revoltada: "mas como está no 78 se meu número é 73??!" O açougueiro só aponta para a placa: "Não atendemos senhas passadas, sem exceção" Ela, claro, ficou p***. E pra piorar ainda roubaram o carrinho dela!
Carnes compradas, o desafio era achar frutas decentes. Sério, aqui é crítico [2]. Já comentei que não há sucos naturais (ou são muuuuito caros, como 14 pesos um copo de suco de laranja). Não sei se é a época, mas acho que não. As frutas não são como no Brasil... variadas, bonitas. As laranjas, sabe aquelas que é de "ponta de estoque"? Então, essas são as melhores aqui. Uns abacaxis miudinhos... Maracujá ainda não vi. Nem manga, goiaba, melancia... Isso me faz ter muita saudade do Brasil e ver como realmente se tratando de comida, temos de tudo! Claro que maçãs, uvas e pêssegos aqui são divinos e baratos! Mas só.
Enfim, mais alguns perrengues com marcas desconhecidas (mas já estou me familiarizando), o final foi só esperar quase uma hora para passar as compras no caixa.
FIM. Uma maratona para ter 15% de desconto... Mas que fez uma baita diferença no bolso =)

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