28 de abril de 2011

Ele está chegando...

O Frio!
Pois é, o que eu tanto temia está batendo em minha porta ehhehe
Hoje o dia todo esteve nublado, e a previsão para amanhã é chuva. Quase nunca chove aqui e quando chove, (não imaginem como no Brasil, na verdade é um chuviscão) é porque vai esfriar. Então.. a partir de sexta, mínima de 5, 3ºC.
Graças a Deus minha bolsa chegou! Depois de mais de 2 semanas de atraso, fui ontem sacar a plata. Fim de semana vai ser de compras de casaco, luva, meia, cachecol...

Facul
As aulas não estão me animando muito. São assuntos muito interessantes, mas são muito teóricas, além de que o sistema de avaliação ser muito metódico. Não sei se é o costume com a várzea de Bauru ou um desânimo meu, mas a única aula que realmente me dá ânimo é a de espanhol. A professora é super atenciosa e aprender espanhol é bem legal ^^
Ando sentindo falta de escrever matéria... E tô achando que vou voltar um pouco enferrujada. heheh

Brasil
Ontem fez 2 meses que estou aqui. Tenho saudade de muita coisa do Brasil, mas sempre penso nos momentos especiais e únicos que estou vivendo. Na verdade o que mais passa na minha cabeça é como vai ser minha vida quando eu voltar. Tenho certeza que vai ser bem diferente do que era no começo do ano.... mas, agora não é hora pra pensar nisso, né? Sofrer por antecedência não muda nada.

26 de abril de 2011

Córdoba

Essa sim foi uma viagem de verdade, com direito à passagem, hostel e mala grande.

Córdoba é a segunda maior cidade da Argentina, ficando só atrás da capital.
Eu, Julie, Miguel, Pauline, Nerea, Alexis e Mariana (uma brasileira da Unesp-Araraquara que está fazendo intercâmbio em Concórdia) aproveitamos o feriado para viajar e conhecer uma região nova.
Mendoza é mais ou menos 600 km, e deu 11 horas de ida e 10 horas de volta. Não é tão longe, a demora é porque para em vários lugares. Tinha certeza que não iria dormir na viagem, mas até que foi bem tranquilo.
Saímos na quarta às 21:00 e chegamos na quinta de manhã. Deixamos as coisas no hostel, aliás, bem perto da rodoviária, 6 quadras, e decidimos conhecer a cidade. Fomos a uma feira internacional de artesanatos que estava acontecendo, porém chegando lá vimos que abria só as 15h. Aproveitamos para tirar umas fotos do estádio que sediará a Copa Améria e tomamos o bus de volta pra cidade. Passamos o resto do dia tirando fotos  das igrejas e praças. É tudo muito lindo, a cidade tem quase 500 anos e foi colonizada por jesuítas, o que dá todo um toque especial. Além da mistura antigo/moderno que é de cair o queixo.

Na sexta viajamos para Alta Gracia, uma cidade perto da capital, onde está a casa onde Che Guevara passou a infância, e hoje é um museu. Lindo! Uma das minhas partes favoritas dessa viagem!

A noite fomos num boliche, já que Córdoba é famosa por sua vida noturna. Maaas, a balada boa estava fechada... Tinha vários promoters que ficavam na rua distribuindo cartões com desconto. E eles te cercavam na rua! Super desespero. Uma hora nosso grupinho parou na calçada e veio uns 4 desses querendo dar a melhor oferta! heheh Acabamos indo em uma que ofereceu a entrada de todos free e mais uma garrafa de espumante. Mas tava bem ruinzinha... Não tinha quase ninguém. Enfim, a gente só queria dançar. Ahh detalhe 1: no caminho pro boliche estávamos tomando um vinho, e de repente chega uma polícia tira da mão da Nerea e joga tudo no bueiro! Depois ficamos sabendo que é proibido beber bebidas alcoólicas nas ruas de Córdoba ¬¬ Detalhe 2: o boliche parou as 5 da manhã!!! De acender luz e colocar o povo pra fora! Depois também ficamos sabendo que é lei as baladas fecharem nesse horário ¬¬².
O bom é que o bairro que ficamos - Nova Córdoba - é super bem localizado, é onde mora a maioria dos estudantes e onde tem os melhores bares e boliches. Então, fazíamos tudo a pé.
No sábado ficamos na cidade, conhecemos mais alguns lugares e voltamos para conhecer a tal Feira de Artesanatos. Era legal, bem grande, com coisas bonitas, mas nada demais. Barracas com os mais diversos artesanatos da Argentina, Uruguay, Bolivia, Chile e até Brasil. O chato foi que aí roubaram a carteira da Pauline. Ela estava com uma bolsa que cruza o tronco, sabe? Tipo, bem protegida até. Mas uma hora ela foi pegar o dinheiro para pagar uma compra e viu que a carteira não estava mais lá.... Aqui eles são assim, bem ariscos. Os próprios argentinos nos avisam disso.
Finalmente no domingo, fomos para outra cidade vizinha. Mas não tínhamos muito tempo porque o bus iria sair às 21h. Fomos para La Falda, porque era relativamente perto e tinha paisagens bonitas.
Fomos num hotel que foi de nazistas, mas para visitar tinha que pagar 20 pesos. No way! Aí, fomos fazer uma caminhada na serra, que todo mundo dizia que a vista era linda. E lá se foi os 6 patetas, sozinhos e sem guia. Afinal, todo mundo falava que era sussa! Havia uma trilha e uma estrada para carros. Decidimos (na verdade eu não, eu só concordei...) que íamos pela trilha e voltávamos pela estrada. E sobe, e sobe, e caminha e cruza riacho...
Até que chegamos no topo! Super legal, se não fosse o perigo de pisar em falso e cair no abismo eeee... que a estrada estava na outra cerra! Do outro lado! A gente fez o caminho errado! Sério, me bateu um puta desespero, porque estávamos sozinhos, a gente via os carros, mas eles não nos viam, não tinha comida, já era 2h e tínhamos que estar ás 4 no ponto de ônibus! Eu e a Mariana queríamos voltar pelo caminho que viemos, mas eu tinha medo de me perder e não chegar a tempo. O resto do pessoal queria continuar por um caminho cheio de mato e bosta - sim, era o caminho das Ihamas! Sério, pensei muito em chamar o 911, porque ninguém ia sentir nossa falta e pelo menos sinal no celular havia!
Enfim, o Miguel e as meninas caminharam mais pela trilha até que chegaram do outro lado! Era muito engraçado a gente se comunicando por gritos que faziam ecos! E quando eu vi a blusa do Miguel tremulando do outro lado da serra, nossa nem acreditei. Chegamos na estrada e pedimos carona, porque não tínhamos pernas para voltar. (Sério, ME imagina nessa situação! Meus netos vão ter muita história pra ouvir).
Conseguimos fácil até. Eu com a Mariana viemos num carro com um casal e a sogra, e eles: mas onde vocês queriam chegar?? E a gente: não sei! A gente só queria tirar fotos!
Hehehehe por fim, foi bem engraçado tudo.
Voltamos para o hostel e às 21 em ponto estávamos no bus.

Foi a primeira vez que viajei no feriado da Semana Santa e confesso que  isso me deixou um pouco pra baixo em alguns momentos, principalmente na sexta. Mas não fiz nada de mal e fiz minhas orações, é o que vale. =]

18 de abril de 2011

Fim de semana III

Domimgo:
Dia de descansar, né?
Na verdade queria ir ao cinema, ver Rio, mas todos os dias da semana acordei cedo e só tinha domingo pra curtir a cama [além de ter ido dormir às 3:30]. Acabei levantando meio dia e meio e fui dar uma geral na cozinha. Fiz meu almoço e isso já era 4h. Como era fim de semana, o cinema era mais caro. Eu queria ter ido a tarde, que a sessão é 18 pesos, mas não ida dar tempo. A Julie e Pauline acabaram indo, mas elas queriam ver em 3D e às 8 da noite (32 pesos), aí não dava pro meu bolso...
Acabei ficando em casa com a Eliza e a Maria nos convidou para ir à missa - Domingo de Ramos. Desde que cheguei nunca havia ido, já tinha passado da hora!
Fomos de carro onde na verdade é um santuário de Nossa Senhora de Lourdes. O lugar é lindo. Bem ao pé da montanha. Tem uma igreja enoooorme, mais moderna e outra menor, mais antiga. Tem loja de lembrancinhas, camelô; uma mini Aparecida.
A missa foi bem bonita e praticamente igual a do Brasil, até as músicas! Era meio xato na hora das orações, porque eu não sabia em espanhol, daí ia falar em português, mas como todo mundo estava falando em espanhol, me confundia, aí eu não falava de um jeito, nem de outro huahuah
E eu, que vi que estava tendo confissão durante a missa, aí pensei: nossa, vou aproveitar pra confessar. Cinco minutos depois lembrei que mal conseguia fazer uma pergunta em sala de aula, imagina me confessar em espanhol =/
Os ramos daqui são diferentes. Também, pudera, aqui não tem palmeiras! São uns ramos com bastante folhas, mas bem curtinhas. Fiquei pensando como deve ter sido na época de Jesus... Tem coisa que a gente nunca para pra pensar, né? Estamos tão acostumados com uma coisa que a aceitamos como absoluta.
Mais uma vez não havia câmera para registrar. Quando sai de casa nem pensei em levar uma câmera na missa. Mas esqueço que aqui tudo é novidade pra mim! Havia uma lua linda no céu. Uma pena... Mas com certeza na próxima vez que eu voltar eu levo.

Fim de semana II

Sábado:
E não é que nesse fim de semana decidi fazer tudo que uma boa sedentária não faz! hehehe
No sábado eu, Má, Miguel, Julie, Pauline, Nerea e Peque fomos fazer rafting! Eu não curto muito essas coisas, mas todo mundo ia, e eu não ia ser a mané de ficar em casa em pleno sábado de sol!
Era pra gente ter ido domingo passado, mas amanheceu chuviscando, daí não virou.
Até que quando acordei minhas pernas não estavam tão doloridas, menos do que eu esperava. Já que exercitei as pernas na sexta, o sábado foi dia de exercitar os braços!
Pegamos um bus no terminal às 10:40 com destino a Cacheuta. É um lugar bem perto das montanhas onde há termas e rios com a água que desce dos Andes. Nem precisa dizer que é lindo, né?! Na verdade a paisagem do horizonte lembra um pouco a região de fronteira com o México e os EUA, tirando as montanhas, claro.
Bom, depois da Zonda, começou a esfriar aqui. Tá uma média de 12ºC durante a noite/manhã e uns 24ºC durante o dia. No sábado estava com bastante sol, porém um vento gelado.
Trocamos de roupa, colocamos umas blusas de nylon pra proteger do frio e rio abaixo! ehheh
A maioria do pessoal - inclusive eu - nunca havia feito rafting. A gente foi no nível mais básico, mas foi muita emoção! Eu, que moro do lado de Brotas deixo pra fazer essas coisas aqui, onde o guia falava "adelante" "atras" hauhau E entender as instruções em espanhol, então?! Mas foi de boa.
A paisagem, claro, era linda. Rafting com água dos andes, quer mais o que??
No meio do caminho o guia parou o bote e falou que quem quisesse podia entrar na água pra nadar. E o frio??? Segundo ele a água estava 15ºC. Não pensei no frio, mas sim na minha roupa que ia molhar todinha! Mas eu tinha outra na mochila... Simbóra!
Bom, depois de mais ou menos 1 hora, chegamos no nosso destino final.
Voltando para o local de saída, duas fornalhas de empanadas nos esperando... ai, o paraíso.hehhe
Ficamos lá até as 4, quando um bus passou.

A noite foi bem engraçado... Lembra do Topo? (um amigo dos meus amigos) Havia nos convidado para irmos numa festa de aniversário de uma francesa X que morou no hostel. Ninguém sabia onde, que horas, como... Só que era a fantasia! A gente comprou umas máscaras e boa. Às 11:30 estávamos no hostel e nada do Topo aparecer. Enfim, a Má sabia o endereço e fomos, umas 00:30.
Chegamos e... todo mundo já havia indo embora! hauhauah
Bom, ficamos, comemos uns petiscos, bebemos umas cervejas, pisco (bebida que o Miguel trouxe do Chile), narguile para espantar o frio... Demos algumas risadas. Foi agradável.

Ahhh, essa hora meus braços já estavam doendo.

Fim de semana I

Dei uma sumida, mas é porque o fim de semana foi um pouco agitado.
Começamos por sexta-feira:

Antes mesmo de vir para cá já tinha em meus planos fazer um tour pelas bodegas (adegas) de Mendoza. Afinal, a região é a terceira maior produtora de vinho do mundo! Mas com a correria de achar um canto, começar as aulas, enturmar... enfim, só na última sexta-feira que consegui concretizar.
Como eu disse antes, quase nada é na capital, e sim nas cidades ao redor. As bodegas são iguais. As principais cidades são Maipú e Luján de Cuyo (a qual tem o título de Terra do Malbec - malbec é um tipo de uva que produz um vinho muito bom, característico daqui).
Eu queria muito conhecer a Chandon. E em Luján de Cuyo é o único lugar fora da França que eles tem uma adega de espumantes/champagne! Já que vai demorar pra eu ir pra França, tiro uma casquinha por aqui. Pesquisando em sites e revistas especializadas em turismo, gostei de mais outras 2 bodegas. E-mails vão, e-mails vem... Fiz reserva na Chandon e na Catena Zapata (uma terceira seria caro e correríamos o perigo de não ter tempo). Aaah, fato importante: aqui se costuma visitar as bodegas de bicicleta. Tem um tour de agências também, mas nós queríamos exercitar nossos músculos.
Enfim, às 9 horas da sexta eu e Julie nos encontramos com Miguel e Pauline no centro (onde antes compramos nossas passagens para Córdoba \o/). Tomamos um bus circular que nos deixou na porta do lugar onde alugamos as bicis. Foi 3,80 cada passagem (na vdd 4, porque aqui não existe troco! ¬¬), bem barato, né?
Nossa primeira visita estava agendada ao meio dia e chegamos 11:30 para pegar as bicis! Foi 40 pesos o aluguel, com direito a capacete, mapa e uma garrafinha de água para cada. Em 25 minutos estávamos na recepção da Chandon (pedalamos, en! Vixi!) Não erámos os únicos atrasados, um pessoal que ia junto chegou depois da gente.
Bom, a visita é bem legal. Custou 20 pesos para cada. Tem paisagens lindas e achei bem orientada pela guia. Vimos um vídeo que conta a história da Chandon (sabia que tem quase 300 anos??) e como veio parar na Argentina. Depois a guia nos mostrou a plantação de uvas, os toneis, as garrafas em repouso... Tudo muito bem explicado, gostei bastante. Só que é uma bodega bem industrial, não tem nada de artesanal, como outras bodegas que há aqui.
Depois veio o melhor: degustação! Havia 3 tipos de espumantes. Enquanto bebiamos a guia ia explicando sobre as bebidas e tals. Eu pedi pro Miguel perguntar com o que era bom comer a primeira taça, e a moça: Não, esse não está pronto, não se vende. É só para vocês verem o ponto da uva.
hauhauha Quase morri de rir! Quatro patetas que não entendiam nada de espumantes!

Não saiu as bolhinhas na foto... =/

Saimos de lá mais ou menos 1:30, pois tinhamos uma outra visita as 3:30 e ainda tínhamos que almoçar. Compramos um vinho na Chandon para o almoço (22 pesos!). Daí.... daí que o mapa era um FDP! Parecia que era bem perto, mas olha, pedalei en! Parecia que a estrada não tinha fim nunca! Detalhe que até a Chandon havia ciclovia, depois era só estrada de terra. Chegamos na porta da Catena Zapata às 3:05 e ainda havia um bom pedaço pra chegar até o prédio principal. As 3:20 começamos a comer sentados na grama. Só às 3:40 terminamos. Fomos para dentro e a moça foi super estúpida, falando que o tour já estava acabando, mas podíamos tirar algumas fotos.
Tiramos umas fotos, mas depois falamos com outra moça que aí sim foi gentil. Nos serviu uma taça de vinho (divino!) e contou um pouco da história da bodega. É uma das mais antigas de Mendoza e exporta para todo o mundo. Essa visita não tivemos que pagar, mas é necessário fazer reserva.
Subimos na terraza e estávamos tão cansados que não conseguíamos sair de la hahhahah.


Umas 5:30 fomos embora e por um caminho mais curto, por meio da plantação (me senti em Terra Nostra huhau) que a moça nos falou.
Bom, eu demorei exatamente 50 minutos para chegar até o lugar das bicis. Julie, Pauline e Miguel iam beeem na frente, mas eu, exemplo de sedentarismo, ficava atrás. Eu até tinha fôlego, mas minhas pernas doiam muito! huahuah Mas cheguei!
A gente ainda ia visitar outra bodega, uma menor, familiar, que o cara das bicis nos falou e que não era necessário fazer reserva. Porém, fechava às 5:30...
Mas valeu muuuuito a pena! Super recomendo quando vierem para cá!
A plantação de uva aos pés dos Andes... é uma visão de tirar o fôlego! Graças a Deus o tempo também estava ótimo.
Voltamos para Mendoza e comemos um PF no centro. Cheguei em casa era mais ou menos 10:30. Morta! E com a certeza que no outro dia não teria pernas...

13 de abril de 2011

Viento Zonda

Eis que hoje passo por uma situação que tenho certeza que no Brasil nunca vou passar.

Assim que cheguei aqui em Mendoza e me encontrei com a minha tutora, Rocío, ela me disse para ter cuidado com um tal vento que passa pela cidade em abril, quando as pessoas costumam nem sair de casa, mas que as autoridades avisam com antecedência. Bom, eu não me preocupei muito porque abril estava longe...
Aí ontem as meninas do Rio falaram pra gente que tinham falado pra elas que havia previsão para hoje ter o tal vento, o Viento Zonda. Mais uma vez não dei muita importância porque se fala que um dia antes do fenômeno faz muito calor, e ontem não foi um dos dias mais quentes que já presenciei aqui, fora que sempre pensei que as "autoridades" dariam um alerta geral. Fiquei até meia noite na internet e nenhuma notícia do possível vento. Bom, dormi sossegada achando que era só suposição.
Hoje as 8:30 tinha que me encontrar na facul com umas meninas para fazer trabalho de psicologia. Quando estava assistindo o jornal da manhã, uma das manchetes era: suspensão de aula en Valle de Uco devido a Zonda. Bom, pensei que esse lugar devia ser longe da capital, porque se fosse chegar aqui, o jornal teria falado algo.
Fui para a facul de boa, nada de anormal. Fiquei um pouco na internet enquanto as meninas não chegavam. E vi uma outra notícia falando do tal vento. Aí comecei ficar um pouco preocupada.
Umas 9 horas as meninas chegaram e quando subi para o térreo parecia que havia passado um furacão!!! (ou que ele estava prestes a chegar!)
Sério, aquelas dezenas de cartazes que o pessoal cola no lado de fora do prédio estavam todos sendo arrastados, as árvores mexiam muuuuito, as portas e janelas estavam todas fechadas e as pessoas que caminhavam lá fora pareciam que iam voar. Nunca desejei tanto ter uma máquina fotográfica! Queria muito registrar!
As meninas agiam normalmente, como se nada estivesse acontecendo, mas eu devia estar com uma cara terrível.
Fomos para uma sala fazer o trabalho e as árvores não paravam de rodopiar! E dava pra ver uma poeira escura no horizonte. Meu nariz começou a arder, minha cabeça a doer e senti minha garganta seca. Tomava água direto. Uma das meninas recebeu uma msg da mãe no cel falando que o vento tinha chegado no centro e estava bem forte. E eu só pensando: o que eu tô fazendo aqui???!!!
Bom, ao meio dia saimos para ir ao comedor. Coloquei meus óculos de sol, mas e o medão de um galho vir direto na sua cabeça! O comedor estava fechado (não dá pra entender, todas os estudantes que estavam na facul tinham que enfrentar o vento pra ir comer em casa e depois voltar pra aula?!)
Assim, vim embora para casa.... Gente, sério foi surreal! Minha blusa erguia e eu não conseguia ficar com os olhos abertos! Meu nariz ardia muito! Mas o vento não é diretão, são como ondas: uma hora acalma outra vem muito forte. O barulho é igual o que faz no 1604 quando chove (imaginem meninas!), mas a diferença é que eu tava no chão e não no 16º andar!
Chegando mais perto de casa foi o pior: há uns terrenos de terra e muita árvore. Não dava pra respirar! A terra fazia redemoinho e as árvores jogavam muitas folhas. Deu um desespero! Não sabia se ficava parada ou se continuava andando. Já estava de óculos, peguei minha blusa de frio, enrolei na cabeça, cobri meu nariz e boca e continuei andando. Imaginem a cena! hauhauha
Cheguei em casa horrorizada! A Julie havia ido ao centro e contou que lá estava assim também!
Desde então, não sai mais de casa! Tudo está fechado aqui, mas os barulhos do vento são de assustar. Eu olho para fora e parece que um furacão vai chegar a qualquer momento!
As aulas da facul acabaram sendo suspensas pela tarde e nos jornais se falavam de alguns estragos como árvores e postes caídos. Parece que o mais forte foi na cidade de Luján, onde o vento chegou a quase 100km/h. Os jornais aconselham que não se saia de casa, somente para casos necessários. O pior é que a previsão é que continue o vento amanhã...
Mas fazer o que, né... É um fenômeno normal aqui. Dormi um pouco a tarde e acordei com os olhos vermelhos, o nariz e garganta ardendo muito! Vou dormir com um balde de água no quarto hoje.


O que é o Viento Zonda
Trecho by Wikipedia: Viento Zonda é um regionalismo para foehn, um vento que frequentemente sopra e leva muita sujeira sobre as encostas orientais do Andes, na Argentina. Zonda é um vento seco (com frequência sujo: leva pó) que provem do Oceano Pacífico, que se esquenta ao descer dos picos de mais de 6 km do nível do mar. Pode superar 120 km/h.

Também achei essa descrição num blog de uma moça que não curti muito o vento:

Esse vento nasce no Oceano Pacífico com umidade, sobe até a alta montanha (onde chega as vezes com 12ºC abaixo de zero), lá ele descarrega sua umidade em forma de neve, depois ele desce até a cidade, nesse processo ele sofre um rápido aquecimento com o roce da montanha. 

A principal característica do Zonda é que ele diminui a umidade de 70% à 7%, em 45 minutos, mais ou menos. Traz um monte de pó, areia, terra e demais sujeiras, faz mal aos cardíacos que não devem sair de casa nos dias de Zonda e fode a pressão sanguínea de algumas pessoas.

Na falta de foto, vai uma ilustração.

10 de abril de 2011

Boliche

Boliche; é assim que chama a balada aqui. (E o jogo boliche tem outro nome... que agora não lembro =/)
Depois de mais de 1 mês aqui, tava na hora de ir conhecer, né?

Na verdade foi uma aventura. Não sabíamos como nem onde íamos, só que íamos!
Nos encontramos no hostel que tá o pessoal. O Topo, um argentino que vive lá também, havia convidado a gente para sair. Mais ou menos 15 pra uma, 10 pessoas entraram num carro muito velho, que não tinha a tampa do motor. O negócio foi fazer o sinal da cruz e ir!
Fomos para Godoy Cruz, num lugar chamado Dalo Hecho. O lugar era bem pequeno, se comparado aos que conheço no Brasil. Era tipo um "balcãozão", um lugar sem divisões, que não chega a ser 1/5 da Dolce, ou metade do Opção. Não havia onde dançar, só várias mesas com cadeiras, como num bar. Os amigos do Topo que levaram a gente eram amigos do dono do lugar ou algo assim. Ninguém pagou para entrar, porque nosso nome estava na lista. Mas geralmente mulher não paga mesmo e os rapazes consomem o valor da entrada. Havia um palco e em cima um telão. Os rapazes falaram que era Karaôke (essa é a pronuncia daqui), mas não teve nada de karaokê! Um cara subiu lá, cantou umas 3 músicas, animou a galera e chamou uma meninas para cantar no karaokê. Foi umas 5 barangas (sério, tavam beeem mal vestidas), cantaram mal e a que ganhou mais aplausos ganhou um drink. Depois foi a vez dos meninos. Essa hora foi legal porque o Topo, o Peque (amigo que vive no hostel também) e o Miguel foram lá. Fizemos barulho mas nenhum deles ganhou... Nisso o garçom chegou e falou que ia tirar a mesa e cadeiras porque ia começar a pista de dança (!?) Ok, cada um pegou seu copo e ficou em pé. Pronto, o "bar" virou balada. Não teve mais nada de karaokê, começou a tocar umas músicas para dançar.
Bom... o resto é história hehehhe
A gente dançou muito! Fazia tempo que eu não dançava tanto!
O mais legal é que os rapazes dançam muito aqui, sem vergonha, de boa! Dançam até sozinhos. Não é como no Brasil que só dançam quando tem sertanejo/forró ou ficam se esfregando nas meninas no "tuchtuch". Eles dançam muito bem, principalmente os ritmos latinos como a Cumbia e o Reggaeton (há outros também. Queria colocar o link das músicas que tocam mais aqui, mas ainda não sei o nome certo...). Este último é um pouco conhecido no Brasil e não é tão legal de dançar porque os pessoal aqui (meninos e meninas) são meio sem noção e a dança vai meio que pra esfregação hehehhe É tipo nosso funk.
Também tocou bastante música brasileira, porém um pouco velhas, como Dança da mãozinha, Dança do vampiro, Bomba e Chora me liga, além de outras em espanhol que também há em português, porém não sei qual a original, como Maionese. Nessa hora a gente se acabou, né! heheh
A princípio a ideia era irmos em outros boliches para conhecer, mas nos empolgamos e ficamos só no primeiro.
Enfim, foi uma noite muito divertida! Estou tentando aprender os ritmos latinos, são bem legais. Saímos de lá era mais de 5 e meia, e em casa vi que estava só com um brinco nas orelhas... foi de tanto rodopiar!
Infelizmente não tenho fotos... Ninguém levou câmera.

Ah, também ontem eu, Pauline, Eliza e Julie fizemos um passeio para Villavicencio, uma reserva natural linda! Fotinhas no Face!

8 de abril de 2011

Vida de bixete

Acho que qualquer pessoa que começa numa faculdade nova passa uns maus bocados como bixete. Aqui para mim não está sendo diferente heheh
É meio ruim, depois de estudar 3 anos numa mesma universidade, ter que se acostumar tudo de novo com como as coisas funcionam...

A UNCuyo é beeem grande, não chega a ser uma Unicamp, mas é bem maior que a Unesp-Bauru. Pudera, já que aqui tem praticamente todas as faculdades (medicina, engenharia, direito, odonto, filosofia, artes, comunicação, economia, música), menos Jornalismo. Por isso estou estudando na Faculdade de Ciências Políticas e Sociais, que é onde tem os cursos de sociologia, trabalho social, ciência política e comunicação social (que é a qual estou cursando). Nos primeiros dias que fui à universidade, estava acompanhada de gente que já conhecia aqui. Então que, na primeira vez que ficou eu e a Julie sozinhas no campus... não conseguíamos achar o ponto de ônibus! Caminhamos, caminhamos... estávamos quase saindo do campus. O engraçado que hoje que conheço mais aqui, vejo que estávamos andando praticamente em círculos! Nesse dia eu tentei explicar pra Julie o que significa ser bixete.

O ensino também é diferente da Unesp. As matérias são bem teóricas e intensas. Para ter uma ideia, os argentinos fazem entre 4 e 5 matérias no máximo, porque não dão conta de tanta coisa que tem que ler e estudar. A própria universidade aconselha aos intercambistas não pegarem mais de 4. Eu estou fazendo 2: Bases psicológicas da comunicação e Teoria do Estado e políticas de comunicação. Até agora estou gostando... É um pouco complicado entender a forma de avaliação (tem uns exames finais que até agora não entendi direito), porém até que estou conseguindo entender bem o que os professores falam. Cada matéria tem 3 professores, entre titular e outros adjuntos.
Faz 3 semanas que as aulas começaram, mas só agora estou conseguindo entrar no ritmo. Tivemos 2 semanas para assistir qualquer aula de qualquer curso - e até faculdade - e depois escolher qual iríamos fazer.      A primeira semana acabou sendo perdida, porque 2 das matérias que escolhi para ver são do 1º ano, e as aulas deles só começaram na 2ª semana. (Aí já começou a palhaçada: ninguém tinha avisado isso, e só descobri depois de levantar as 7 da manhã num frio do cão, chegar na facul e ver que não tinha ninguém!) Além de que na quinta foi feriado, fazendo ponte com a sexta.
As aulas geralmente têm muita gente, principalmente nas de 1º ano. Minha aula de Psicologia, por exemplo, tem umas 140 pessoas. O professor usa microfone, mas o ruim é que as salas não são auditório, é uma sala grande, mas normal. Então, tem que chegar cedo para conseguir bons lugares, onde dê para ver a lousa - isso quando não chega muito tarde e já não há cadeira. O que acontece muito é, tipo, uma pessoa chegar cedo e guardar lugar pra 10 amigos. Dá uma raiva! Principalmente eu que sou sozinha e não tem ninguém pra guardar pra mim...

O xerox aqui também é um pouco diferente. Cada faculdade tem seu xerox, e o da minha é o mais zuado! Tá sempre cheio, fecha das 13 as 15 para sesta e para pedir uma copia você antes tem que achar um código do arquivo. Tinha tudo para ser perfeito, se não fosse a desordem que é aquilo! Esse código você tem que achar ou numa pasta (uma para cada curso) ou num sistema disponível em 3 computadores. Só que é meio confuso... vire e mexe os textos ainda não estão lá... um cocô! E pra piorar, os atendentes falam que só conseguem tirar a cópia com o código, que não conseguem achar o documento através do nome. DUVIDO! Ah, além de que para ser atendido você tem que pegar uma senha, e geralmente tem 30 pessoas na sua frente. (pelo menos, ao contrário do mercado, eles têm um painel com os números)

Aqui não tem bebedouros. Um dia estava no corredor e perguntei para uma menina onde eu podia beber água. Ela deu uma risadinha: Água? Não tem água, você tem que comprar.
Outra história minha com água foi uma coisa de bixete-brasileira. Estava no comedor e fui pegar água. (Aí sim tem bebedouros, do tipo de galão) Eles disponibilizam jarras para os estudantes usarem e não precisar ir toda hora encher mil copos. Havia um rapaz na minha frente enchendo a jarra e eu, muito da sem paciência, fui ao lado dele e enchi meu copo com a outra torneira. Eis que começa a sair fumaça... Ooho, água quente??? Não sabia o que fazer na hora, acabei de encher e voltei pra mesa (detalhe que esse dia estava sozinha, não tinha um amigo pra compartir a vergonha). Experimentei a água e sim, estava quente! Como eu ia adivinhar isso! No Brasil só tem uma torneira para temperatura natural e outra gelada! Bom, decidi esperar a água esfriar e depois beberia. Mas os copos do comedor são de isopor... Enfim, tive que jogar a água fora e pegar outra fria.

O que acho legal aqui é que cada faculdade também tem sua lanchonete, onde se vende muita coisa, até refeição. Quase sempre nos intervalos compro um alfajor....


A Faculdade onde estudo, o refeitório e onde eu moro


Corredor da Facul


 Vista dos "Andes". Dá para ver de todo o lado oeste da UNCuyo



Parte de trás da Fac. de Ciências Políticas e Sociais

 Bandeijão (Comedor)


7 de abril de 2011

Super Vea

Esse é o nome de um supermercado bem popular aqui na Argentina. Na cidade de Mendoza também tem alguns Carrefour(s), mas geralmente os produtos mais baratos são no Vea. Também porque fazem promoções, do tipo: com um cartão de crédito X você tem X de desconto.

Bem, como todo bom estudante (ainda mais intercambista) gastar dinheiro é luxo. Sempre vamos com a Maria fazer compras, porque ela tem carro, então é bem melhor. No domingo ela nos chamou para ir, porque todo primeiro domingo do mês no Super Vea seu cartão de crédito tem 15% de desconto na compra.

O que quero compartir é umas coisas "diferentes", que não existem no Brasil (pelo menos eu nunca vivi).
Logo de cara, quando chegamos vimo que estava muuuito cheio, acho que todo mundo deve ter o mesmo cartão que o da Maria hehhehe E o que acontece geralmente quando há muita gente num mercado? Não há carrinhos... O negócio era tão critico, que quem chegava tinha que ficar no final do caixa, esperando uma pessoa terminar sua compra e pedir se podia passar o carrinho. Eu, claro, tive que fazer isso...
Foi muito chato! Cheguei num senhor e perguntei se podia pegar o carrinho depois, e ele disse que sim, mas havia mais um outro carrinho cheio que ainda tinha que passar as compras... Não dava para esperar, né! Aí cheguei em outra senhora, ela foi gentil e disse que tudo bem. Fui com ela até seu carro (ajudando a levar o carrinho, porque estava muito cheio) e ainda ajudei a colocar as sacolas pra dentro. Me senti um daqueles rapazes que ajudam nos mercados, mas ao contrário, eu só queria um carrinho para fazer compras! Sério, achei um absurdo isso.
Conseguido um carrinho, a missão era escolher/pegar os produtos e não desgrudar do carrinho, porque as pessoas pegavam sem piedade! Eu, Julie e Eliza (sim, um carrinho para a compra de nós 3, mais a de casa) nos revezávamos na hora de vigiar.
Segundo desafio: enfrentar a fila da carne. Quase não há carne pronta para pegar na geladeira, você tem que pedir no açougue. Pega uma senha e beleza, certo? Mais ou menos... As senhas correm só com os carinhas chamando, não tem uma mísera tela com os números. Então você tem que ficar ali perto sempre perguntando que número está. Na minha frente tinha tipo, umas 40 pessoas. Dei uma volta, achando que ia demorar, mas quando voltei já tinha corrido uns 20 números! Rapidez? Não, o tiozinho não tinha piedade e chamava um número atrás do outro, se não estava perto, já era. Eis que surge uma senhora toda revoltada: "mas como está no 78 se meu número é 73??!" O açougueiro só aponta para a placa: "Não atendemos senhas passadas, sem exceção" Ela, claro, ficou p***. E pra piorar ainda roubaram o carrinho dela!
Carnes compradas, o desafio era achar frutas decentes. Sério, aqui é crítico [2]. Já comentei que não há sucos naturais (ou são muuuuito caros, como 14 pesos um copo de suco de laranja). Não sei se é a época, mas acho que não. As frutas não são como no Brasil... variadas, bonitas. As laranjas, sabe aquelas que é de "ponta de estoque"? Então, essas são as melhores aqui. Uns abacaxis miudinhos... Maracujá ainda não vi. Nem manga, goiaba, melancia... Isso me faz ter muita saudade do Brasil e ver como realmente se tratando de comida, temos de tudo! Claro que maçãs, uvas e pêssegos aqui são divinos e baratos! Mas só.
Enfim, mais alguns perrengues com marcas desconhecidas (mas já estou me familiarizando), o final foi só esperar quase uma hora para passar as compras no caixa.
FIM. Uma maratona para ter 15% de desconto... Mas que fez uma baita diferença no bolso =)

3 de abril de 2011

Pão de queijo!

E não é que esse negócio de brasileiro convidar brasileiro pra comer, tá virando rotina! heheheh

Ontem, sábado, mais uma vez nos encontramos com o pessoal do Consulado, agora pra um café da "noite". Fomos na casa da Tamires, que fica no centro também. Fomos todos da outra vez do almoço, mais o Izac.

*Fotinhas roubadas da Dayan e da Elizabeth
Pão de queijo!!!
E mais uma vez estava muuuuito bom, tudo!
O melhor foi comer coisas que como eles estão aqui há mais tempo, conhecem. Como requeijão, guaraná e um pão mais decente. (Não comentei, mas o pão daqui é bem ruinzinho. É pesado, tem muita massa, não é crocante como no Brasil). Além, de é claro, receitas brasileiras, como bolo de cenoura e.... pão de queijo!!! Tudo maravilhoso. Mais uma vez comemos muito! Que vergonha...

Deu até pra trazer um pouco pra casa... hihiih

Também sempre é bom falar o português "livremente" e tratar de assuntos conhecidos por todos.

Obrigada, mais uma vez pessoal! Vocês estão sendo demais!

Só faltou Oriente

Sexta,01, eu e o pessoal intercambista fomos numa "confraternização", um encontro dos estrangeiros que estão vivendo aqui em Mendoza, seja por trabalho ou estudo.
Quem organizou foi a Mercedes, que tem um site com ofertas de quartos, apartamentos e casas para alugar temporário. (Já comentei dela aqui no blog.)
O encontro foi no hostel Hot Mountain, no centro. Onde vive o Rafa, a Má, a Góia e o Miguel.
Cada um levou comes e bebis, e teve até banda ao vivo!

Me diverti muito, conheci gente de Portugal, Estados Unidos, França (tem muito francês aqui!), Colombia, além dos mendocinos.
Também teve várias bebidas de vários países: vodka, tequila, fernet, vinho, cachaça! (Não era uma 51, mas deu pra rolar uma caipirinha)

O mais legal foi na hora de dançar! hehehhe Todo mundo se soltou geral, já tavam meio Borrachos né...

Quando tocava música norteamericana, todo mundo sabia. De repente começa uma meio extranha, tipo Reggaeton e tudo mundo improvisava! huahauha E todo mundo falava: brasileiro tem que dançar! Brasileiro sabe dançar! Ensina a gente a dançar!

O povo deve achar que todo mundo no Brasil é passista de escola de samba!

Aqui está tocando muuuuuuuito (é sério, muito) o Chora Me Liga. Alguns sabem até cantar em português! Mas há versão em castellano também. Aí, lá fui eu tentar ensinar a Julie e o Alexis (francês) a dançar. O basicão: 2 pra lá, 2 pra cá.... hehhehe foi bem engraçado.

O Alexis sempre falava: "eu tenho que aprender a dançar". Aí ele fazia um passo bizarro e perguntava: "assim? está bom?" heheh

Mais uma pra eu contar pros meus netos....

*Foto roubada da Nerea ^^

Impressões II

Se tem uma coisa que eu já sabia e comprovei mais estando fora é que realmente o Brasil é muito grande e tem muita gente!

Como já disse, Mendoza é a capital da província (estado) também chamado Mendoza. Porém, não se compara com nenhuma capital do Brasil (até onde eu sei heheh) em tamanho e população (pouco mais de 110 mil).


Clique no mapa que ele fica maior. (Assim como todas as fotos do blog, ok?)

No hostel onde eu fiquei havia um mapa da cidade. Quando eu comecei a ver, pensei que fosse só da região principal, central, sei lá... Mas vivendo aqui fui vendo que não! Como vocês podem ver aí no mapa, a cidade é bem pequena, se pensar que é uma capital. Praticamente dá para fazer tudo a pé. Sério, é menor que Bauru!
Mas, como toda capital, a cidade possui muitas outras cidades ao redor e com o fenômeno da conurbação, que dão suporte. Praticamente não dá para ver onde começa uma ou termina outra. Só que as ruas, praças, enfim, a estrutura da capital é muito mais bonita. As cidades que cercam Mendoza são Las Heras, Godoy Cruz e Guayamallen. Os shoppings daqui, por exemplo ficam em Godoy Cruz e Guayamallen (onde eu já fui - igual qualquer shopping heheehe).
As venículas (bodegas), por exemplo, que são um dos principais pontos turísticos daqui, não ficam em Mendoza, mas nas cidades próximas.
Ir às cidades vizinhas é bem fácil, dá para ir de ônibus circular. Em Guayamallen, por exemplo, eu já fui a pé. Muitas pessoas vivem nessas cidades, mas trabalham e estudam em Mendoza.

Bom, aí no mapa vocês podem ver um pouquinho do que estou falando e ver a "logística" da cidade.
Os Andes ficam a Oeste, "atrás" do Parque e da Universidade. Eu moro beeeem perto da facul, 15 minutos caminhando da porta da minha casa até a porta do prédio onde estudo. Também é bem perto do Parque San Martín, que é quase do tamanho da cidade! heghhehehe Muita gente caminha, faz piquinique, esportes aí. O principal dia da Fiesta de la Vendimia, que ja comentei aqui, acontece em um teatro de arena no Parque também.
Um pouco mais abaixo no mapa, circulei a Plaza Independencia, que é a principal da cidade e onde acontece muitas coisas também (shows, passeatas, feiras artesanais...); o hostel que eu fiquei era 3 quadras ao Norte.
A avenida Las Heras é uma das principais, é a mais "turista" de todas. Tem muitas agências de viagens e lojas. Já a avenida San Martín é a principal mesmo, tem vários bancos, lojas, orgãos do governo, etc. Como podem ver, corta a cidade. Mas há várias ruas importantes, o que facilita muito andar aqui e achar as coisas. Para mim é admirável que a cidade tenha 450 anos. Mogi Mirim tem mais de 200 e nem de perto é organizado desse jeito.
Também circulei a rua Córdoba, que é onde fica a pensão onde a maioria dos meus amigos estão morando.

Acho que é isso... se lembra de algo mais, eu falo depois.