4 de junho de 2011

Chile II

Chegamos em Santiago às 5h mais ou menos; mas às 4h no horário de lá, já que tem 1 hora a menos de fuso. No total foram 6 horas de viagem, e pouco mais de 400 km, praticamente só pelos Andes.

Tomamos um táxi e fomos para o hostel. A gente não tinha reservado quarto, então dormimos um pouco na sala  mesmo hehhe Por volta das 8h acordamos com risadas dos outros hospedes ¬¬
Saímos para conhecer a cidade. Primeiro fomos para o Bairro Bellavista, o bairro bohemio da cidade, bem perto donde a gente estava. Aliás, a localização dos hostel era ótima, recomendo se um dia alguém quiser ir pra lá. Fizemos praticamente tudo caminhando (leve em consideração que a gente não se importa de caminhar hehhe Somos "mochileiros" e qualquer 20 minutos caminhando é perto pra gente, ok?). Só tomamos ônibus/metro para sair no sábado à noite e para ir pra rodoviária.
No Bairro Bellavista vimos muitas faculdades, o Pátio Bellavista (onde têm cafés, barzinhos, etc) e a Casa/Museu de Pablo Neruda, poeta chileno ganhador do Nobel. Nossa, recomendo muito. É um lugar onde você respira cultura. A casa é muito peculiar, construída para lembrar um barco. Os cômodos quase não se interligam internamente, só por fora. Neruda tem mais 2 casas, uma em Valparaíso (também conheci, depois conto) e outra em Isla Negra. O guia (muito simpático, por sinal) nos contou que a casa de Isla Negra é a que se manteve mais conservada. As outras foram saqueadas na ditadura. Confesso que não conhecia quase nada sobre Neruda, mas essa visita me encantou por que fiquei sabendo que ele era muito atuante na política e tinha vários amigos intelectuais no Brasil, como Prestes, Niemeyer e Jorge Amado, de quem, aliás, foi padrinho de batizado do seu filho. Em um momento na casa o guia olha para mim e fala: é do Brasil? [meu sotaque é tãããão discarado assim?] E me mostra uma luminária que o Oscar Niemeyer deu de presente para Neruda. Juro, arrepiei! Também havia vários jornais falando da visita de Neruda no Brasil, em Minas, Bahia, Rio... Infelizmente não podia tirar foto dentro da casa, só de fora. E mesmo se pudesse, não é a mesma coisa. Tem que ver pra ver!
Aqui dá pra conhecer um pouco mais do poeta
Depois fomos almoçar, pescado, claaaro! hehhe A Pauline tava entrando numa crise de abstinência por ficar tanto tempo sem comer peixe (bom!). Mendoza realmente quase não tem e o que tem são caros. Eu também estava sentindo falta de comer peixe, mas nem tanto, já que onde moro no Brasil também não é muito barato. Buscamos um lugar barato e bom. Aliás, o dinheiro no Chile é diferente, não sei como chama. É tipo o Cruzeiro, tem notas de 1000, 10000, um horror para calcular as coisas! Para ficar mais fácil eu arredondava 1 peso argentino = 100 pesos chilenos, para aí converter pro real e saber se a coisa tava barata ou não hahha. Um dia vi um casaco que eu gostei e custava 45mil, tava sem celular e juro, demorei meia hora para pensar se tava barato ou não! E por fim, não tava. ¬¬
Bom, depois do almoço fomos para o Cerro San Cristobal. Para subir e descer tomamos um Funicular. Me deu um pouco de medo porque é beeem inclinado, mas foi sussa. Na fila pra comprar as passagens tinha um casal de brasileiro que não falavam NADA de espanhol. Eu me ofereci pra ajudar e tals, mas acho que eles não gostaram muito não... Encontrei muuuuuitos brasileiros em Santiago. Era super normal eu andar na rua e escutar português. Tô imaginando que se lá foi assim, imagina em Buenos Aires!
Enfim, a vista lá de cima do cerro é incrível. No ponto mais alto há uma imagem de Nossa Senhora Imaculada Conceição, linda. Na verdade, a parte de cima do cerro é como um santuário. Tem um altar, capela... A missa de lá deve ser linda!
Santiago tem um problema grave. Como todas as grandes cidades, ela sofre com a poluição, só que lá é ainda pior, porque a cidade é rodeada de montanhas e cerros. Ao leste tem os Andes e ao oeste a serra do mar, além de ao norte e sul também ter alguns cerros. Assim, o ar poluído não tem para onde ir. Então, a paisagem que se tem é uma camada de poluição entre o céu azul e a cidade. Aliás, para ver o céu tinha que olhar bem pra cima. Os Andes, a gente praticamente não viu. Nos dias após chuva a visibilidade fica melhor...
Saindo do Cerro, caminhamos no Parque Metropolitano e chagamos no Museu Belas Artes. É bem bonito lá dentro, mas não tinha nenhuma exposição demais... Daí fomos para o Cerro Santa Lúcia. Esse cerro era menor e fica bem no meio da cidade, entre ruas movimentadas. Lá dentro tem tipo construções da época dos Espanhois e um mirador bem alto (que quase morri pra subir).
Em seguida fomos para o "centrão", mais precisamente na Plaza de las Armas (tem esse nome porque era o ponto de encontro dos espanhois para as batalhas). Aí fica o prédio dos Correios, o Teatro Municipal, a catedral, o Museu de História do Chile, entre outros prédios. Bem quando estávamos lá estavam gravando uma cena para uma novela. Pena que eu não conhecia os atores.

Catedral
Já estava quase escurecendo quando voltamos para o hostel. O Miguel combinou de nos encontrar às 8, mas chegou era mais de 10... Saímos para comer algo; fomos num restaurante no Bellavista, claro. Realmente a noite é bem movimentada lá, apesar do frio. Eu comi uma comida bem típica do Chile, a paella marina, que é como uma sopa só com mariscos. Foi bem engraçado por que o único ingrediente que eu conhecia ali era camarão hahah Mexilhão, essas coisas, eu nunca tinha comido. Mas tava bem gostoso, exótico pra mim. Voltamos para o hostel e ficamos conversando e matando a saudade do Miguel ^^


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