5 de junho de 2011

Chile IV

Domingo o céu amanheceu bonito, bem azul!
Nesse dia foi o Dia do Patrimônio Cultural, quando todos os museus e alguns prédios públicos (banco central, corregedoria, etc) de Santiago são abertos para visitas grátis. Foi bem legal a gente estar lá bem nessa data, porque deu pra conhecer vários lugares sem pagar nada.
Começamos nosso tour pela manhã, pegando um metro [para poupar tempo] direto para o Palácio de La Moneda, a casa do governo, porque era onde mais queríamos ver e com certeza teria mais fila, já que esse dia é o único do ano que se abre para visita. Realmente tinha uma fila enorme, mas estava andando bem rápido. A entrada foi exigente com a anotação de número de documento, duas revistas... Bom, lá dentro foi bem legal. Um prédio bem grande. Conhecemos a capela e as principais salas de reuniões. Havia vários guardas com umas roupas super pomposas. Tiramos algumas fotos, mas não foi com a minha máquina. Foi engraçado que só crianças pediam para tirar foto e a gente! hahah

Saindo de lá fomos para o Museu de Arte Precolombino. Foi legal também porque havia muita coisa sobre os povos indígenas. Só o que não gostei muito foi que não havia nada dos povos do Brasil. Havia até do México, mas dos tupiniquins, nada. Não sei porque... Talvez o Brasil não tenha muita coisa guardada dessa época ou excluíram a gente mesmo hehhe O legal foi ver que quanto mais perto da região do Brasil, principalmente Amazônia, tipo Peru,  mais a "arte" era igual das dos indígenas brasileiros.
Bom, depois de lá fomos ao Mercado Central, mortos de fome. Me decepcionei um pouco, imaginava que fosse grande, tipo o de São Paulo, mas é razoavelmente pequeno. Comemos no Donde Augusto, um restaurante só de pescados bem no centro no Mercado com muuuitas mesas super concorridas por turistas, é claro. Eu havia lido que era um clássico comer lá, apesar do preço um pouco salgado. E na verdade não foi nossa melhor escolha. Tem muita variedade e a comida é bem gostosa, mas foi a refeição mais cara que eu fiz no Chile... e olha que escolhi um dos pratos mais baratos.

Isso já era quase 5 horas da tarde e a maioria dos museus haviam fechado. Corremos pro Museu da História do Chile, que fechava as 5:30. Foi o museu que mais gostei. Começa na história colonial e vai até o golpe de estado. (Tinha um museu da ditadura que queríamos muito ir, mas não conseguirmos por causa do horários...). O melhor é que tive o Miguel como guia hehhe Então ele ia me contando as coisas, explicando e tals. Bem legal. O chato só foi o pessoal que trabalhava lá que começou a expulsar a gente! O museu fechava  às 6, e uns 15 minutos antes ele gritavam: evacuem, por favor.
O museu fica na Plaza das Armas, que à noite também é bem movimentada. Saindo do museu nos deparamos com um concurso de Cueca (se fala cuêca). É uma dança típica do Chile, que se dança em casal. Eu ameeei! Adoro essas coisas de folclore. O Miguel dançou super bem. A dança é muito antiga e se baseia na tentativa de sedução da mulher pelo homem. O casal dança cada um com um lenço na mão, o homem faz muitos passos sapateados (meio que imitando um galo), enquanto a mulher mais rodopia. No geral o casal dança em círculos. Não parece, mas cansa pra caramba; os rapazes saiam com o rosto suando. O Miguel me disse que eles dançam isso na escola, que passa de geração em geração. E realmente, vimos pessoas de todas as idades dançando, criança, jovens, senhores! Me lembrou muito a quadrilha, já que não tem um ser brasileiro (acho) que não sabe os passos da dança. Foi muito bonito de ver. Ficamos até o fim e quem ganhou foi um casal de namorados ^^



Depois voltamos para o hostel, porque Pauline, Charlotte e Alexis ainda tinham que pegar ônibus de volta pra Mendoza. Ficamos um tempo na sala conversando, o Miguel e a Pauline me deram várias instruções sobre Valparaíso e Viña e começamos nos despedir...
A partir daquele dia a Nerea viaja 1 mês entre Chile/Bolívia/Peru, a Pauline por 2 semanas em Salta e o Miguel fica no Chile.
Desde já estamos falando muito de todos se reunirem no Brasil, em 2014, na Copa. Tomara que dê certo! O pessoal que mora na Europa é mais fácil de se encontrarem entre sí, mas a gente ir pra lá é bem mais difícil...

Alexis (França), Miguel (Chile), Eu, Nerea (Espanha), Aitor (Espanha), Pauline (França) e Charlotte (França)

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